Já dizia a velha máxima saxônica que na guerra é o jovem na luta e o velho falando.
No Vale do Jaguaribe, berço de grandes baluartes, vanguardistas e desbravadores políticos, não seria diferente.
Mas o que em outrora já foi um aluvião aparentemente inesgotável de lideranças, tais como: Chico Perboyre, Manoel de Castro e Franciné Girão (para Morada Nova); Antônio, Evaldo e Ariosto Holanda, o Careca e José Maria Lucena (para Limoeiro do Norte), hoje se assemelha mais a uma velha mina abandonada com alguns resquícios de pirita.
Por que?
Talvez pelas trapalhadas e manobras maquiavélicas de Paulo Duarte, a subserviência de Dilmar, o ostracismo de Julião, assim como, o paraquedismo de Glauber, a inabilidade de Adler, a apatia de Manoelzinho; não se sabe ao certo.
Contudo, Luiz Girão, que ao mesmo tempo em que calça a sandália da legião, também traja a toga do senado, vê em Juliana Lucena um ponto de equilíbrio e resgate para o esplendor político do vale.
Sim, numa nova geração sem a mordaça dos Távora, o cambebismo dos Jereissati e barganha direta dos Ferreira Gomes.
Uma safra de novas lideranças que não será assombrada pelos fantasmas do rompimento do Orós, da cheia de 1985 ou das gonzaguetas sem fundos; tampouco, fascinada pelo el dorado do Castanhão, do Pecém ou das miragens fundiárias.
É o fim da era dos "herdeiros de 1982" e o início do tempo "pós-Camilo"? Só o voto dirá.
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