Imagine a seguinte situação: alguém chega na sua rua e diz: "vamos abrir uma associação de moradores?" - até aí, tudo bem.
Mas na seqüência o esperto complementa: "porém, para termos mais direitos e recursos do governo, vamos passar as casas de todos os moradores para a associação, ok?"
Deu pra sentir o cheiro de enxofre daí também?
Pois é, na Serra dos Bastiões, Distrito de Iracema-CE, a cerca 300 km de Fortaleza, uma manobra sutil e sofisticada, para não dizer maquiavélica, sobe o nível da espoliação fundiária no Ceará.
Sim, sob o manto falacioso de uma suposta narrativa quilombola (que se fosse legítima, era louvável e digna de todo aplauso e respeito) uma associação tenta, de forma discreta e metódica, absorver as propriedades privadas dos habitantes mediante uma miragem de potenciais e incertos beneficios sociais futuros.
Temerosos de que já fosse "tarde demais", a sociedade civil conclamou o parlamento e as autoridades do município para um esclarecimento geral de utilidade pública: e assim aconteceu.
Na noite de sexta-feira, 31/10/2025, numa sustentação oral que faria Cícero de Roma aplaudir, o jurista e nativo, Regilson Cândido, apontou tantas e tão alarmantes falhas e vícios no trâmite que poderia servir de tese futura do que não fazer num processo administrativo (grifo nosso; Hely Lopes teria rasgado as vestes!).
Na órbita política, teve gente da ALECE que se manifestou no modo "sem noção, ativado", passou vergonha no crediário e depois apagou a postagem (eu conto quem foi? Não, né!).
Já o ex-prefeito Zé Juarez (que teve sua fala interrompida por uma "queda de sinal" na transmissão; só coincidência) reforçou a importância de desmascarar a farsa e agir com perícia e habilidade para evitar danos irreversíveis por possíveis erros judiciais.
Enquanto isso, um precedente perigoso se levanta: e se a moda pega?
Avante, Bastiões, não cedam nem se deixem enganar, pois há muito tempo os políticos já sabem, mas disfarçam (é claro): espaço é poder!
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