Que a eleição para a mesa diretora das câmaras municipais sempre foi um misto de loteamento político com loja de penhor, todo mundo já sabe.
Mas o dinamismo do processo eleitoral exige que até o mais tradicional dos ritos passe por inovações. Sendo a última, o advento da eleição antecipada.
Em Limoeiro do Norte, terra de articulações complexas e normalmente efêmeras, a transição já começa mesmo quase um ano antes do fim do biênio.
Após o episódio que levou Anginha à presidência em 2019-2020 (e quase foi a pá de cal para Chico Baltazar), parece que o grupo encabeçado pelo empresário Jailton Batista e representado no parlamento por Valdemir Bessa, não quer correr riscos.
Segundo interlocutores, Bessa já está pedindo votos e tentando garantir o quórum; mas a troco de quais contrapartidas?
À boca miúda, fala-se até já em possibilidade de rompimento para 2024 (embora eu duvide muito) se a casa verde tentar intervir no processo em prol do líder do prefeito, Domingos Bezerra.
Contudo, hoje a missão do atual presidente no parlamento é muito clara: garantir a reprovação das contas do ex-prefeito Paulo Duarte e atenuar o colega Marduque, para que ambos os irmãos não possam atrapalhar diretamente a caminhada de Juliana no âmbito local e regional.
E o próximo presidente, que propósito terá?
Nenhum comentário:
Postar um comentário