terça-feira, 1 de agosto de 2017

Pretérito mais que imperfeito.

Um velho enigma oriental que desafia mentes por milhares de anos é "o mito da queda da árvore". Se uma grande cerejeira cair num bosque, mas ninguém estiver lá para ouvir, existe som?

Essa pergunta inquietante desconcerta pela obviedade e perturba pela dificuldade na resposta. Um exemplo tácito do velho aforismo "fácil de entender, mas difícil de explicar".

De modo análogo, se um ex-gestor ainda não liquidou débitos fiscais de uma candidatura na qual fora derrotado há quase dez anos, mas o crédito encontra-se lançado pela Receita Federal, o mesmo já poderia ser considerado inadimplente quando candidatou-se em 2012?

Fica a indagação digna da metafísica kantista. 

Ah, a certidão positiva com efeito de negativa; roborizaria por completo o simplório "pecunia non olet" de Vespasiano!

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