Na antiguidade clássica, conta-se que um cortesão de Dionísio, soberano da pólis grega de Siracusa, chamado Dâmocles, alardeava o quanto era afortunado o rei por ter todo o poder em suas mãos. Sábio, Dionísio mandou buscá-lo, e lhe ofereceu o trono se ele governasse com uma espada afiadíssima pendurada sobre sua cabeça apenas por um fio de rabo de cavalo! Apressadamente, o falastrão abdicou à coroa e mudou de imediato o tom das suas colocações.
Em Limoeiro do Norte, fenômeno análogo acontece em relação ao ex-prefeito (2013-2016).
Gestor esse, que quando compunha os quadros do legislativo estadual, reverberava o quão era simples e módico administrar o município em comento.
Como a história registra, o discurso não foi semelhante à prática. E agora, quase oito meses depois da posse da nova gestão, 2017-2020, estudos e indicadores de instituições sérias e especializadas delineiam a profundidade da cratera na qual a cidade foi arremessada.
Um exemplo desses índices é o IFGF (Índice FIRJAN de Gestão Fiscal), elaborado pela entidade de classe das indústrias do Rio de Janeiro com base em informações oficiais fornecidas pela Secretaria do Tesouro Nacional, e historicamente, tido como o "Honra ao Méritol" da administração financeira municipal, que em sua edição 2017, traz informações do ano-base 2016.
Em mais uma alusão ao supracitado ex-gestor, no tocante ao paradoxo esmagador entre seus feitos e seus discursos, Limoeiro do Norte figura como última colocada no estado do Ceará, posição 166 ( já que 18 municípios, dos 184, não foram avaliados por ausência de informações); e no Brasil, lhe coube a vexatória posição de n° 4.536, de 4.544 submetidos ao estudo.
Em uma matemática bastante elementar, diferente empregada nas finanças municipais à época, por apenas 8 (oito) posições Limoeiro não obteve a "dobradinha dos sonhos": último lugar no estado e também no país.
Comprovadamente, uma administração histórica e que deixa mais um recorde a ser quebrado pelas futuras gerações.
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