quarta-feira, 26 de julho de 2017

O bem, o mal e um hospital.


Reza a lenda de que o sábio grego Hipócrates, considerado o pai da moderna medicina científica, por volta do final do século V a.C., propagava suas teorias à sombra de um grande plátano na cidade grega de Cós.

Perspicaz, o primeiro médico entendeu que as práticas utilizadas até seu tempo eram baseadas em incertezas; sustentadas apenas pelas tradições pagãs e por aqueles que aproveitavam-se da ignorância dos mais pobres.

Milhares de anos depois, a planta e o local têm o mesmo nome: Limoeiro (do Norte). Confluência esta, que assim como na época hipocrática, será ambiente propício para o ponto de ruptura entre o ultrapassado e o contemporâneo.

Esgotado, ineficiente e deficitário; o Hospital Regional Dr. Deoclécio Lima Verde, ou SESP (sigla oriunda da época do controle Federal) passa por um momento tênue entre a estagnação completa e o colapso iminente.

Deixado em frangalhos pela famigerada administração 2013-2016, que em seus momentos de dor agonizante e final, emitiu até um decreto nefasto no qual ficava vedada a prestação de socorro às pessoas de outros municípios, o HRDDLV voltou a funcionar de forma tímida e com muitas dificuldades a partir de janeiro de 2017.

Dentre os principais agravantes do quadro estão: o embargo provocado pela impossibilidade de contratações temporárias, os insuficientes recursos oriundos do SUS (estado e União) e a inadimplência no repasses de municípios membros.

Para contornar essas desventuras em série, o versátil prefeito José Maria Lucena, estuda a terceirização (forma de organização estrutural que permite a uma empresa transferir a outra suas atividades-meio, proporcionando maior disponibilidade de recursos para sua atividade-fim, reduzindo a estrutura operacional, diminuindo os custos, economizando recursos e desburocratizando a administração) de setores estratégicos do hospital; o que não se confunde com privatização, que é a transferência do que é estatal para o domínio da iniciativa privada; desestatização.

O modelo de saúde municipal terceirizada já vem mostrando sinais de superioridade qualitativa e quantitativa sobre o velho sistema de gestão pública direta; como provam os exemplos de sucesso de Tauá, Crato e Itapipoca, dentre outros.

Saúde: não tem preço, mas tem custo. Quanto?

Limoeiro quer e precisa saber!

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